segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Remédios: usá-los ou não usá-los?

Todo mundo que tem problemas com a balança adoraria conseguir emagrecer sem precisar tomar remédios, mas na prática, muitas vezes tomar remédios pode parecer uma forma mais fácil e rápida de perdere aqueles quilinhos indesejados. O fato é que muitas vezes eles seriam sim desnecessários se a gente tivesse um pouco mais de disciplina e força de vontade. Mas nem sempre a culpa da falta de determinação e da ansiedade é simplesmente nossa. Acredito que às vezes podemos sim estar precisando de uma ajuda externa. Mas quem deve avaliar isso é o MÉDICO!  Mesmo existindo hoje em dia a determinação de que remédios para emagrecer como a famosa sibutramina, por exemplo, só podem ser comprados com uma receita médica especial, por se tratar de remédio controlado, ainda tem muita gente que consegue burlar a lei e ter acesso a esses medicamentos sem precisar de um acompanhamento médico. Atenção, gente! Porque remédio é coisa séria! Sobretudo esse tipo de remédio, que age sobre nosso sistema nervoso, podendo causar uma série de efeitos colaterais.. Além disso, um mesmo remédio que reagem bem com uma pessoa, pode não ser nem um pouco indicado para outra. Conheço um caso até de uma pessoa que teve uma embolia pulmonar e por pouco não morreu, tomando sibutramina. E olhe que tinha sido receitado pelo médico, só que acredito que a dosagem era um pouco alta. Enfim, não significa que quem toma o remédio direitinho precisa ficar paranóico. Mas é apenas para alertar que existem riscos. E qualquer remédio deve ser ministrado com cautela, seguindo orientações de um médico.
Além disso, não se iluda achando que um remédio vai fazer milagre se você não estiver fazendo sua parte. Eu mesma tomei sibutramina por um tempo. Minha médica passou porque eu disse pra ela que estava tendo muita dificuldade de fazer dieta. Ela achou que o remédio iria me ajudar a tomar gosto pela dieta, porque iria me ajudar a começar a perder peso e tal... De fato, no começo eu emagreci até rápido. Perdi seis quilos, mesmo sem estar seguindo a dieta como a médica tinha passado e sem frequentar a academia. Mas depois estacionei completamente. Além disso, percebi que ficava muito irritada e minhas dores de cabeça aumentaram. Depois acabei achando melhor parar com o remédio. Percebi que com ou sem remédio meu apetite não era muito diferente na verdade... Eu continuava ansiosa e descontando essa ansiedade na comida. Depois de um tempo, passei uma fase de extrema ansiedade e bastante depressiva. Comecei a perceber que isso não era normal. Conversando com minha ginecologista, ela teve a iniciativa de me passar fluoxetina. É um antidepressivo e também um remédio controlado. Venho tomando a aproximadamente dois meses. Continuo sem fazer dieta, mas percebo que minha ansiedade diminuiu bastante. E além disso, estou muito melhor. Minha vida está outra! Aquela tristeza, aquele desânimo com a vida... aquele tédio constante que me fazia querer comer o tempo todo... esses sentimentos parece que foram embora. E isso está sendo muito bom.
O que quero dizer com toda essa história é que remédio é coisa séria sim. Mas nem sempre é o vilão da história. Dependendo de seu caso, pode ser que tomar algum tipo de remédio lhe faça bem e melhore sua qualidade de vida. Então, se você está tendo muita dificuldade em fazer tudo só, se acha sinceramente que precisa de uma ajuda, procure um médico e ouça o que ele tem a lhe dizer. Não queira bancar o super-herói e achar que tudo depende só de você, que nem sempre é tão simples assim.

Um comentário:

  1. Bem, eu já tomei os dois tipos de remédios moderadores, desde do que "arrombou" com o meu duodeno, até os "inofensivos" ansiolíticos. Nenhum funciona a longo prazo, fato. Eles não adiantam mesmo. Os ansiolíticos podem te ajudar nos primeiros meses, mas os receptores farmacológicos se acostumam com a dose diária e o efeito se perde logo. Em determinados casos temos inclusive o efeito rebot, onde após o efeito desejado, temos o efeito inverso em grande escala. Não existe outro remédio duradouro a não ser a mudança de vida, com atividades físicas e controle de apetite, sempre. Sad but true =/

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